Palácio Seteais


Sintra é um lugar secreto e mágico para mim. O meu desejo é sempre voltar e voltar, gosto de me perder nos recantos e mergulhar na natureza. É como tomar um cálice de energia, sob o olhar atento das estrelas e da lua num clima cúmplice de misticismo. 
Ir a Sintra e aliar a história com o conforto foi um sonho de uma noite de verão onde se perdeu a cabeça e ganhou   a eternidade do momento numa memória de elefante. 
A pouco mais de 1Km do centro histórico e envolvido na natureza fica o Palácio de Seteais, discreto, com uma vista soberba e único...   

A nossa escolha foi um dos mais famosos e requintados hotéis de Portugal. A história data do século XVIII, quando foi ordenada a sua edificação por Daniel Gildemeester, na época cônsul da Holanda em Portugal.

No final desse mesmo século, o Palácio foi vendido, ao quinto Marquês de Marialva, que fez obras de ampliação e acrescentou um novo edifício à obra original, unindo assim os dois núcleos por um arco.












 Fotos: M&S



Lenda de Seteais
Seteais é um dos mais belos recantos de Sintra. O seu nome remonta a 1147, altura em que D. Afonso Henriques conquista Lisboa e Sintra se rende sem resistência, uma vez que ficava isolada do restante território árabe.
Segundo a lenda, um dos primeiros cavaleiros cristãos a subir a serra de Xentra foi D. Mendo de Paiva que encontrou uma porta secreta por onde fugiam vários mouros. Entre eles encontrava-se uma moura muito bonita com a sua velha aia.
Quando viu o cavaleiro, a jovem, por se sentir descoberta, suspirou.
A aia, aflita, pediu-lhe que não suspirasse mais. D. Mendo decidiu fazer a jovem sua prisioneira. Quando o disse à aia a jovem voltou a suspirar.
O novo suspiro da bela moura fez com que a velha aia confessasse ao cavaleiro que a jovem tinha sido amaldiçoada por uma feiticeira e que morreria no dia em que desse sete ais.
A revelação deste segredo fez com que a moura suspirasse de novo.
O cavaleiro não acreditou na história o que provocou outro suspiro da jovem. Quando o cavaleiro anunciou que fazia ambas suas prisioneiras a bela moura soltou novo suspiro. A pobre velha ficou desesperada porque a sua ama já tinha suspirado cinco vezes. O cavaleiro voltou a dizer que não acreditava em tais maldições e que iria procurar um local sossegado para onde as levaria.
Depois do cavaleiro se afastar surgiu um grupo de mouros que tinha ouvido a conversa e que se preparou para roubar as duas mulheres. Com um golpe de adaga cortaram a cabeça da velha ama o que provocou novo ai na jovem. Este foi o sexto ai. O sétimo foi a última coisa que disse, no momento em que viu a adaga voltear para lhe cair sobre o pescoço.
Quando D. Mendo voltou ficou muito triste e deu àquele recanto de Sintra, em honra da bela moura, o nome de Seteais.

Lenda dos Sete Ais (Outra versão)
Esta é uma lenda estranha que está na origem do nome de um local do concelho de Sintra e que remonta a 1147, data em que D. Afonso Henriques conquistou Lisboa aos Mouros.
Destacado para ocupar o castelo de Sintra, D. Mendo de Paiva surpreendeu a princesa moura Anasir, que fugia com a sua aia Zuleima. A jovem assustada gritou um "Ai!" e quando D. Mendo mostrou intenção de não a deixar sair, outro "Ai!" lhe saiu da garganta.
Zuleima, sem lhe explicar a razão, pediu-lhe para nunca mais soltar nenhum grito do género, mas ao ver aproximar-se o exército cristão a jovem soltou o terceiro "Ai!".
D. Mendo decidiu esconder a princesa e a sua aia numa casa que tinha na região e querendo levar a jovem no seu cavalo, ameaçou-a de a separar da sua aia se ela não acedesse e Anasir deixou escapar o quarto "Ai!".
Pouco depois de se instalar na casa, a princesa moura apaixonou-se por D. Mendo de Paiva, retribuindo o amor do cavaleiro cristão que em segredo a mantinha longe de todos.
Um dia, a casa começou a ser rondada por mouros e Zuleima receava que fosse o antigo noivo de Anasir, Aben-Abed, que apesar de na fuga se ter esquecido da sua noiva, voltava agora para castigar a sua traição.
Zuleima contou a D. Mendo que uma feiticeira lhe tinha dito que a princesa morreria ao pronunciar o sétimo "Ai!".
Entretanto, Anasir curiosa pela preocupação da aia em relação aos seus "Ais", exprimiu o quinto e o sexto consecutivamente, desesperando a sua aia que continuou a não lhe revelar o segredo.
D. Mendo partiu para uma batalha e passados sete dias foi Aben-Abed que surpreendeu Anasir, que soltou o sétimo "Ai!", ao mesmo tempo que o punhal do mouro a feria no peito. Enlouquecido pela dor, D. Mendo de Paiva tornou-se no mais feroz caçador de mouros do seu tempo.
Fonte:http://www.cm-sintra.pt





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