Cortiça Portuguesa

Foto: O Montado (APCOR)


magem característica do Alentejo, de Portugal?
Grandes planícies e os seus inconfundíveis sobreiros também conhecidos por Chaparros. Nome cientifico “Quercus Suber“ que pertence à família dos Carvalhos, é das espécies de árvores mais predominantes em Portugal com incidência no Alentejo litoral e serras algarvias. Mas é devido à cortiça que o sobreiro tem sido cultivado desde tempos remotos e que em 21 de dezembro de 2011 a Assembleia aprovou o projeto de resolução que veio a declarar o Sobreiro como “árvore nacional”. Somos os lideres mundiais em produção de cortiça que ocupa uma área aproximadamente de 737 000 hectares dos quais 3, 45 milhões de hectares são floresta portuguesa.
É uma árvore que se renova de 10 em 10 anos aproximadamente e é submetida ao descortiçar, e assim sucessivamente, consegue viver em média 150 a 200 anos. 
                             Foto: João Paulo Redondo, Herdade das Faias, Alentejo 2007


A cortiça é um tecido vegetal que se extrai do sobreiro e que possui qualidades únicas e impressionantes e que até aos dias de hoje nenhum engenho humano conseguiu imitar ou mesmo ultrapassar tais como: leveza, impermeabilidade a líquidos e a gases, elástica e compressível, um excelente isolamento térmico e acústico, combustão lenta, muito resistente ao atrito. Mas acima de tudo um material cem por cento natural, reciclável e biodegradável.
Portugal pode ainda orgulhar-se de ter sido pioneiro em termos de legislação ambiental, as primeiras leis agrárias que protegem os montados de sobro surgem no início do século XIII,mais precisamente em 1209. Posteriormente, durante as Descobertas, os construtores das naus e caravelas portuguesas, utilizavam a madeira de sobreiro no fabrico das partes mais expostas às intempéries devido às características de resistência que lhe eram atribuídas.
 Rolha
Desde sempre usada como vedante, foi esta uma das suas primeiras utilizações 


Mas o princípio da exploração sistemática dos grandes sobreirais que caracterizam a Península Ibérica e que ainda hoje subsistem na Catalunha e em Portugal, só se dá a partir do século XVIII, quando a produção de rolhas de cortiça cresce exponencialmente. É também nesta altura que surgem os primeiros trabalhos sobre a sua constituição química desenvolvidos pelo químico italiano Brugnatelli, bem como o primeiro compêndio sobre a subericultura (o cultivo de árvores da família Suber). Azinheiras, Sovereiras e Carvalhos da Província de Além-Tejo, é publicado em 1790 e assinado por um português, Joaquim Sequeira.
Em Portugal nos últimos anos temos assistido a um aproveitamento das potencialidades da cortiça que tem vindo a crescer de forma expressiva.




Pelcor

Algumas inovações portuguesas 


Novidades mias recentemente, dão a conhecer a apresentação ao mercado de uma inovação absoluta: um banco de automóvel com o assento feito em cortiça, que prevê reduziu para metade o seu volume e tornou-o três vezes mais leve que os bancos tradicionais. O impressionante desta invenção é que cada um destes novos bancos consegue subtrair 45 quilos a um carro normal, resolvendo assim dois dos grandes problemas do sector automóvel, o peso e o volume. O banco é um projeto nacional concebido a partir de know how inteiramente português – design, suporte técnico-científico…Muito embora ainda esteja em fase de protótipo, já conquistou a Magna, líder mundial de componentes automóveis que já efetuou encomendas de mais de 300 milhões de euros.
Com mais de três séculos de história, a cortiça é um dos produtos naturais mais apreciados a nível nacional e internacionalmente. Encarada como uma joia da economia portuguesa, ou, mesmo o “nosso ouro” a indústria corticeira, para além da forte relação com a cultura vinícola, expande, também, a sua aplicabilidade a outros produtos, criando novas gamas e dando espaço à criatividade nacional, dessa forma garante e assegura uma posição de referência e destaque no mercado mundial.



Aprodukt
Integração nos tempos que correm 

Nos adereços de moda

Anéis em cortiça - Claudia Chaves Carvalho

Fio onde podemos passear "a tal rolha" da "tal garrafa" tão especial
Lisa e Danielle Franke


A cortiça passou do contexto rural e popular assim como dos elementos etnográficos para uma adaptação e renovação, têm sido a chave para o sector da cortiça ir além da tradição, ultrapassando fronteiras, conquistando e alcançando novos segmentos de mercado. Mesmo em período de crise "generalizada" nos mercados internacionais, entre 2008 e 2009, o sector evidência sinais de melhoria, para os quais tem contribuído o aumento das exportações, segundo o diretor- geral da APCOR.
Os países importadores de rolhas para vinho e aplicações para a construção civil, destacasse: a França, a Espanha, os EUA, a Alemanha, a Nova Zelândia, a Inglaterra, o Canadá, os Emirado Árabes, o Chile, a Argentina, a Rússia, a China e o Japão.
Tendo em conta este contexto, Joaquim Lima sublinha que "Portugal é o maior exportador de produtos de cortiça", detendo, também, "a liderança na quantidade e comercialização" de produtos fabricados. "Quando se encontra um produto em cortiça em qualquer parte do Mundo, normalmente, foi fabricado em Portugal".
O Tarro

Museu Municipal de Estremoz 


Utensílio de cortiça, utilizado pelos pastores alentejanos para levarem os almoço para o campo quando iam guardar os rebanhos. Era uma forma de garantir o almoço quente por várias horas graças às propriedades térmicas da cortiça. 

Coxo em cortiça

Foto: Xavier Jamir


Utensílio de cortiça, trabalhado numa única peça e que permite beber água nas fontes. Muitos carros tem um sempre guardado para as eventualidades

Selo de Cortiça



Os CTT laçaram no dia 28 de Novembro de 2007 o primeiro selo de cortiça do mundo da autoria de João Machado e com uma edição de 230 mil exemplares.

Observatório do Sobreiro e da Cortiça de Coruche 


O Observatório do Sobreiro e da Cortiça, inaugurado em 2009 em Coruche, teve um investimento de 1,5 milhões de euros e tem por objectivo alcançar a «linha da frente no que respeita à investigação e inovação» no sector.

Museu da Cortiça de Silves


O principal museu da cortiça existente em Portugal e vencedor do prémio Luigi Micheletti para o melhor museu industrial europeu em 2001 - encerrou no mês de Maio de 2012 no seguimento da  falência do grupo de distribuição alimentar Alicoop.

Pavilhão de Portugal na Expo de Xangai 2010


O Pavilhão de Portugal da Expo Xangai 2010, integralmente revestido de cortiça cedida pela Corticeira Amorim, acabou por ser distinguido com o “Prémio de Design”, atribuído pelo Bureau International des Exhibitions


Fonte:
http://www.apcor.pt/
APCOR - A Associação Portuguesa de Cortiça (APCOR) foi criada para representar e promover a Indústria de Cortiça Portuguesa. É uma associação patronal, de âmbito nacional, fundada em 1956.
http://www.rotadacortica.pt/
http://www.novacortica.pt/
Sandra Correia é a “Mulher Portuguesa 2011” eleita pelo site do empreendedorismo feminino No Feminino Negócios.







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